O Bullet Journal nada mais é do que apontar tudo numa agenda DIY. É uma forma muito redundante de explicar, mas sendo bastante prática, é o que é. E a mim ajudou-me a organizar a confusão mental. Vamos saber um bocadinho mais?

A minha cabeça está sempre a 1000. Com milhões de ideias, de preocupações, de tarefas, de datas que não posso esquecer, de outras datas que não quero esquecer. Tudo isto misturado e baralhado com a rotina, virou uma enorme confusão. Sinto que nunca tenho as coisas devidamente organizadas, que estou sempre a deixar algo que não devia para trás e leio imenso para melhorar este aspeto que só a mim me vai afetar. ‘Cruzei-me’ com o Bullet Journal muito por acaso, quando andava uma vez a vaguear pelo Pinterest e facilmente me apaixonei. Investi num caderno, em canetas coloridas e achei que era isso que ia mudar por completo o lugar em que me encontrava, e com o qual não estava satisfeita. Errado. Iniciar o Bullet Journal deu-me imenso trabalho. Primeiro porque tive de pesquisar bastante, isto ou se fazia em condições ou não se fazia de todo. E quando cheguei à conclusão do que queria fazer… não tinha jeito nenhum para caligrafia/desenhar, etc… senti-me um verdadeiro falhanço.

Assim, a minha primeira experiência com o bullet journal foi um fiasco. Criou-me mais ansiedade do que aquela com que já lidava, criou-me mais frustração em sentir-me uma falhada. Rapidamente deitei o caderno fora e guardei as canetas coloridas. Isto aconteceu à pouco menos de um ano.

Em setembro, estava a ver um dos vídeos da Sorelle Amore que falava, efetivamente, sobre Bullet Journaling. Como esta mulher é uma pessoa da má vida (not) e altamente influenciadora, decidi dar uma segunda oportunidade ao Bullet Journal, com a premissa de que: 1 – não me ia preocupar com cores, estética ou o que fosse, ia apenas escrever e organizar-me. 2 – se mesmo assim achasse que não funcionava e não era para mim, deixaria novamente sem sentimento de culpa.

Hoje, 4 meses depois, posso dizer que preencho o Bullet Journal diariamente. Já vou no segundo caderno. O primeiro caderno foi basicamente todo escrito a tinta azul. O segundo caderno foi todo programado no mês de dezembro para iniciar em janeiro, tem cor, tem imagem, continua bastante básico mas inspira-me bastante.

Em que é que o Bullet Journal me ajudou?

Acho que um exemplo muito prático do que o Bullet Journal me ajudou é olhando aqui para o blog, tenho publicado de forma bastante regular, coisa que não aconteceu praticamente durante o ano de 2018. O Bullet Journal ajuda-me a:

• Manter-me organizada
• Escrever as minhas ideias todas num só lugar
• Escrever de forma livre sobre o que me vai na cabeça, que por conseguinte me ajuda a manter os meus níveis de ansiedade muito mais baixos e a manter-me mais tranquila
• Estando mais tranquila, estou mais feliz

O que faço no meu Bullet Journal?

Faço listas sobre tudo. Séries que vi. Filmes que vi. Livros que li. Bucket List. Lugares que visitei. Lugares que quero visitar. Coisas que quero comprar para a casa. Metas. Objetivos que tenho para os próximos 5 anos. Objetivos para esta semana. Vision Boards. Datas importantes. Pessoas que me inspiram. Coisas que não me quero esquecer de agradecer sempre. Textos sobre sonhos que tenho, sobre coisas que me chateiam (acreditem, assim que escrevo… metade do sentimento negativo vai ao ar). No fundo é um guia da minha vida. Tendo tudo arrumado no lugar certo, sobra-me muito mais espaço para outras coisas.

Todos os dias, religiosamente, ao fim do dia, sento-me e escrevo. Passo os olhos nas listas e acrescento coisas que me lembrei durante o dia. Escrevo o que me está na cabeça nesse momento. Preparo o dia seguinte. E quando não tenho nada para escrever, ou não me apetece, não tem problema. Defini para mim que o Bullet Journal é algo para me ajudar e não para me criar uma obrigatoriedade de mais uma tarefa.

Foi uma ótima decisão que tomei, e foi por isso que decidi partilhar!

photo: via Pinterest