Tenho tantas saudades de Nova Iorque. Eu sei que há muito Mundo para viajar e milhões de lugares por descobrir. Mas o que eu queria mesmo era voltar a Nova Iorque, para desfrutar da cidade, sabem? Agora, tudo o que precisam saber!
Antes de ir
Nova Iorque é um destino que requer alguma programação. Antes de ir há coisas que têm de ser tratadas, como:
- Passaporte – convém confirmar a validade caso já tenham, ou fazer um com antecedência para evitar qualquer atraso. Normalmente não é um processo moroso, mas não vamos jogar com a sorte. Custo: 65€
- ESTA – é o visto para entrarem nos EUA. Custa à volta de 14€ e normalmente demora até 72h para ser aprovado. No site são-vos feitas algumas perguntas, que terão de responder. Atenção ao site onde entram para fazer o ESTA! Quando fiz entrei num site e quando estava mesmo a finalizar apareceu o valor de 80$ para pagamento, e achei muito estranho, uma vez que todos os blogs que tinha lido indicavam os 14€.
- Dinheiro e cartões de crédito – informem-se junto do vosso banco se o vosso cartão de crédito é aceite em Nova Iorque. À partida, sendo VISA ou MASTERCARD, não deverão ter problemas, mas confirmar nunca é demais. O meu conselho é que levem dólares convosco (peçam no banco com antecedência). As taxas que pagam ao utilizar o cartão de crédito são de chorar.
- Roaming – em Nova Iorque é muito fácil apanhar wi-fi. O wi-fi do metro funciona muito bem, e em qualquer lugar apanham rede. Ainda assim, convém ativar o Roaming para qualquer eventualidade. Eu ativei o meu e utilizei só no primeiro dia, depois disso não precisei mais. Falo sempre com os meus pais pela internet, e com os amigos idem. Eu sou Vodafone, mas suponho que o que vou escrever se aplica a qualquer uma das redes – o roaming é caríssimo com condições que são míseras para o que se paga. Mas é o que temos.
Onde ficar
Já devem ter ouvido isto dezenas de vezes mas, em Nova Iorque o alojamento é a preço de ouro. É muito fácil encontrar hotéis com wc partilhado, e muito difícil encontrar hotéis com pequeno almoço a preços que não tenham de vender um rim. 150€/noite é um preço bom em Nova Iorque, acreditem. Eu fiquei no POD39 e fiz a marcação através da Booking. Um quarto pequenino, mas que adorei! Super confortável, não tinha pequeno almoço mas tinha wc privado. Nunca na vida iria deixar mais de 1000€ num hotel e nem tinha direito a wc privado #prioridades. A nível de localização o POD39 tem a melhor localização de sempre, fica a 1 quarteirão da Grand Central Station, e é super perto de tudo!
Além dos hotéis têm sempre opções de AIRBNB e Albergues, por exemplo. Antes do hotel eu reservei um apartamento pelo AIRBNB, mas pouco depois eles cancelaram porque o proprietário já não podia alugar o espaço. Acontece que em Nova Iorque, muito devido à elevada procura, as leis para o uso do AIRBNB são bastante restritas, e pode acontecer o mesmo que me aconteceu a mim. Por sorte eu tinha feito a reserva com imenso tempo de antecedência, o que deu para gerir de forma tranquila, a situação.
Transporte
Preparem-se para caminhar… MUITO. Eu fiz uma média de 25km/dia. Quando lia que pessoas faziam semelhantes distancias pensei que ia ficar acabada, mas nem sequer dão por ela!
Metrocard – é dinheiro bem investido. É verdade que a rede de metro de Nova Iorque é uma das maiores do mundo, mas em pegando o jeito é fácil e muito útil.
Do aeroporto para o centro, há várias maneiras de se deslocarem. Eu cheguei por Newark, que não tem metro mas tem comboio e pára na Penn Station. Aí poderia ter apanhado metro para a Grand Central Station, mas como cheguei depois de almoço e era de dia, preferi ir a pé. Fez-se num instante até ao hotel. Como a cidade é muito direita, ao inicio fazia imensa confusão distinguir a direção Norte/Sul. Quando fui embora fui pelo JFK e da cidade para o aeroporto fui de transfer. Transfer e comboio/metro são as opções mais em conta, mas podem sempre ir de taxi, uber, etc… fica mais caro, mas também acredito que seja uma experiência diferente – fica para a próxima!
Roteiro
Nova Iorque tem 5 bairros diferentes, e só Manhattan é gigante, com milhões de coisas para ver. Do que li antes de ir, grande parte dos blogs afirmam que 5 dias é o tempo ideal para conhecer a cidade. Eu discordo, porque eu fui os 5 dias. Eu aconselho no mínimo 6 a 7 dias. Fui 5 dias que foram aproveitados ao máximo. O hotel serviu basicamente para dormir e tomar banho, e pouco mais do que isso. Uma coisa que convém ter em conta é que em Nova Iorque o tempo é muito imprevisível e basta isso para ter de se alterar os planos. A mim aconteceu-me apanhar um dia de tanta chuva que fui obrigada a desistir e a ir para o hotel a meio da tarde. Bem que tentei ao máximo, mas já não havia condições para estar na rua. Em 5 dias, uma tarde é imenso tempo! Nos 5 dias conheci o essencial e deu para desfrutar da cidade, mas acredito que mais um ou dois dias tinha sido muito melhor e tinha visto muito mais coisas, com mais tranquilidade…
Dia 1 – Reconhecimento local e Times Square
Cheguei a Nova Iorque eram umas 15h30 da tarde, não perdi tempo nenhum no aeroporto (das histórias que ouvi, penso que foi uma sorte) e em menos de nada estava pronta para apanhar o comboio para Manhattan. Esperar pelo comboio é que me trocou as voltas porque esperei imenso tempo. Muito mesmo. Quando cheguei à Penn Station decidi não apanhar metro e ir até ao hotel a pé, ainda apanhei o pôr do sol (em outubro já fica de noite cedo) e não queria perder mais tempo sem meter, finalmente, o pézinho na rua. Assim que saí à rua fiquei maravilhada. É mesmo verdade – as luzes, o barulho, o fumo, a confusão. Fiquei feliz. Da Penn Station até ao hotel dei um suspiro a cada quarteirão que passei. Sabem o que é verem pela primeira vez ao vivo, tudo o que já viram na TV? Vi o Empire State Building, a Times Square, o edifício da H&M, a Grand Central Station e o Chrysler Building. Fiz o check-in e esperei no hotel pela Joana – a minha companheira de viagem que chegou mais tarde, porque viajámos em voos diferentes. Quando ela chegou já era bem tarde, ainda assim fomos até à Times Square e comemos por lá.

Dia 2 – Midtown, 5thAv, Grand Central Station, Central Park, Top of The Rock, Rockfeller Center, Radio Music City Hall, Flatiron
No primeiro dia ‘a sério’ não havia muitos planos. Uma vez que fiquei bem localizada a nível de hotel, o plano era sair à rua e explorar as redondezas. A única coisa que havia planeada era subir ao Top of The Rock no fim do dia, para tentar apanhar o anoitecer. Não aconteceu. Durante o dia fomos à Grand Central Station, fizemos o passeio na 5th Avenue com montras lindas de morrer de todas as marcas de luxo. As minhas favoritas foram a montra da Valentino e a montra da Louis Vuitton. Houve tempo para a foto cliché em frente à Tiffany&Co e um saco de chocolates na Lindt. Comi cachorro quente numa food truck e estive sentada na relva verde do Central Park. À noite subimos ao Top of The Rock – VALEU-CADA-CÊNTIMO e estivesse eu mais dias na cidade, tinha subido novamente. Quando descemos fomos jantar ao Ellen’s Stardust – VALEU-CADA-CÊNTIMO. Tinha visto a dica num blog e fiquei super curiosa. Basicamente é um dinner muito ao estilo americano, mas é uma verdadeira festa. Os funcionários cantam ao estilo Broadway e é um momento do caraças! A sério, não deixem de ir!

Dia 3 – Downtown e a desistência de passear
Não era o que tinha nos planos para sábado. No sábado queria ir ao Brooklyn, tinha mercado local e queria lá ir. Aproveitar o dia do lado de lá da ponte. Mas ia chover. Então ficou decidido – museus! Pois é… museus! Chegámos ao MET e a fila era tão grande que desisti na hora. Decidi ir a downtown e ver as coisas por lá. Chegando a downtown o tempo piorou de forma parva. Ainda vi a Freedom Tower e toda aquela zona, e depois desisti. Fui para o hotel e já só voltei a sair para jantar e dar uma voltinha por Midtown.

Dia 4 – Downtown, 9/11 Memorial Brooklyn Bridge, Brooklyn e Williamsburg
O que era para sábado acabou por ficar para domingo. Ainda assim, voltei a downtown para passear sem chuva, e fui ao 9/11 Memorial, porque é algo que está muito marcado na minha memória, e na de todos nós, acredito. É um valente soco no estômago, mas não podia deixar de ver. Por outro lado, Brooklyn e Williamsburg são tudo aquilo que já leram. São zonas cool, descoladas e trendy. E merecem mais do que um dia para se lhe dedicar, para absorver o clima que se sente nas ruas e para ter tempo de descobrir tudo o que é street art. Fun fact: a largura da Brooklyn Bridge é muito mais pequena do que imaginei, e com muito mais gente do que possam imaginar. Passei a pé para um lado durante o dia e para o outro, já à noite. Não deixem de aproveitar a oportunidade para ver um anoitecer no Brooklyn. Ver a noite cair sobre Manhattan é maravilhoso.

Dia 5 – Central Park, MET, Knicks
O dia começou cedo para ir ver o MET. Cheguei tão cedo que deu para ir passear para o Central Park antes da abertura do MET. Depois de ver o MET ainda voltei ao Central Park para ver algumas coisas que ainda queria ir ver, tudo com muita calma. Fiquei pela zona ainda para ver algumas coisas que não tinha visto anteriormente, já que só tinha mais 1 dia e queria ir para outras zonas da cidade. Ao fim do dia houve jogo dos Knicks e lá fui eu de luvinha na mão toda contente. Assistir a um jogo de basquetebol é mais uma experiência que vale cada cêntimo. Adorei e vibrei de uma forma que não imaginei que fosse vibrar.

Dia 6 – Soho, Little Italy, Chinatown, Greenwich Village, Chelsea, HighLine e o adeus a Nova Iorque
Último dia. Tinha até às 16h30 para aproveitar e ainda não tinha ido a esta zona da cidade, uma das que mais queria visitar. Fiz o checkout logo de manhãzinha e a malta do hotel, gentilmente, ficou-me com as malas até à hora de ir embora, e fui para baixo. Ainda deu para ver a zona de lojas do Soho, a azafama em ChinaTown, provar um cupcake na Mangólia Bakery onde foi filmado Sex and The City, visitar a casa da Carrie e o prédio de FRIENDS. Atravessei o HighLine com um sol bom de aquecer o coração e a alma e depois subi, a pé, até ao hotel para me despedir de Nova Iorque.

Algumas dicas e pensamentos finais:
Se tiverem pouco tempo na cidade, prefiram 1000x andar pelas ruas do que se enfiarem em museus. Nova Iorque acontece na rua, em cada esquina.
Não se preocupem com o que vão comer, vão andar o suficiente para abater tudo. E não estejam demasiado focados em ir aos locais ‘instagrammable’, porque é giro, mas é muito mais giro (principalmente se for a primeira vez) provar todos aqueles clichés de comida ‘dos americanos’.
Aproveitem ao máximo e coloquem o modo relax no máximo. É a melhor forma de andar por lá.
Não me senti insegura em momento nenhum. Mas não vamos brincar com a sorte, e há sempre cuidados mínimos a ter.
Acordem cedo e fiquem na rua até tarde. De manhã cedo é o melhor momento para tirar boas fotos sem ter demasiadas pessoas… sim, porque há demasiadas pessoas em todo o lado.
O jetlag é brutal, pelo menos eu sou muito sensível e custou um bocado. Por isso, quando marcarem férias, arranjem maneira de ficar em casa uns dias quando regressarem de Nova Iorque. Eu tive 4,5 dias e basicamente dormi o tempo todo.
E vão com o espírito aberto. Aproveitem para fazer compras e tudo o que sonham, mas não deixem de viver e absorver o que esta cidade tem para vos dar!
Podem ver mais fotografias desta viagem no meu instagram e na minha página de viagens C-Jay Travels
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