Entrei nos 30, arranjei uma gata, fiz um grande check na minha bucket list, pintei o cabelo pela primeira vez, fiz novos amigos, fortaleci laços familiares e de amizade… que são na verdade família também, dei o pontapé de saída em novos projetos… não encontrei o amor, não fiquei na minha melhor forma, como queria, não me estabilizei, como também queria. 2018 foi um ano do caraças!
Tenho a sensação que os anos passam por mim e que o tempo se me esvaia pelas mãos, sem que nada possa fazer. Não é exclusivo de 2018, é de todos os últimos anos. Tenho hoje mais noção do tempo do que tinha à 10 anos atrás e sei a importância que lhe devo atribuir. No que ao tempo diz respeito, já não olho para ele com a inocência dos 20. Passei a passagem de ano em Viseu, entre amigos, e quando dei por ela já estava a festejar o aniversário dos 30… que sempre achei que iria fazer uma festa em grande, e quando o momento se aproximou não me apeteceu festejar rigorosamente nada. Não estava deprimida por entrar nos 30, mas achei que cheguei a uma idade em que devo fazer aquilo que sinto que devo fazer, e a minha intuição disse-me que se não me apetecia fazer nada, se calhar não devia mesmo fazer nada. E não fiz. Mas tenho amigos tão bons que fizeram por mim, e tive um dia maravilhoso. Obrigada. Quando voltei a abrir os olhos o verão já tinha passado por mim, e juro que não sei onde este verão foi parar. Quase não fiz praia, e a cor da minha pele ralha comigo todos os dias sobre esse assunto, não fui a Rebordinho – que é um dos momentos mais épicos do meu Verão – e o tempo simplesmente voou. Gosto de tirar férias no fim do verão, mas quando dei por ela também passaram… nem vos consigo dizer o que fiz nessas férias, não me lembro. E de repente, 9 meses depois de ter tido aquele impulso de comprar um bilhete de avião, estava a aterrar em Nova Iorque.
Em Nova Iorque o tempo parou. Vivi tudo tão intensamente, foi tão bom, que o tempo foi meu amigo e compensou-me pelo resto do ano e andou devagar. Deu-me tempo para ver o que queria, para apreciar, para me deliciar. Voltei a casa, dormi 4 dias quase inteiros e acordei no natal. O Natal passa sempre devagar, o tempo é sempre meu amigo e dá-me tempo necessário para apreciar o rosto daqueles que mais amo, o seu sorriso, e dá-me tempo por agradecer ter nascido numa família tão boa. O Natal é uma verdadeira festa. E de repente, deixei Viseu no primeiro dia do ano, quase que para rumar à Venda do Pinheiro para o primeiro dia do ano… do ano a seguir.
2018 foi um ano de muita consciencialização, de muito aprendizado. Foi ano de meter os pontos nos i’s e saber o que quero de 2019. E tenho em mim paz e confiança suficientes para dizer que 2019 vai ser um ano que vai marcar a minha vida para sempre. Por isso, 2018 não foi o melhor ano de sempre, mas foi muito importante, porque foi a ponte de passagem para o que aí vem. 2019, estou pronta para te receber!
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